sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
É quando todos vão dormir que eu sou invadida em pensamentos...em dúvidas, em angústias, em tristeza...é quando todos vão dormir que a solidão bate mais forte e a felicidade sentida durante todo o dia, desaparece como que por magia...não há ninguém para falar, não há ninguém para me ouvir...não há ninguém que me ofereça um ombro, uma ajuda...uma mão estendida...simplesmente não há, porque todos foram dormir e eu fiquei ali sozinha...numa imensidão de pensamentos que não me fazem bem...perdida numa procura entre o certo e o errado, uma batalha entre o bem e o mal...que logo à partida já está perdida...é nestes momentos que o desespero apodera-se de mim...e me torna frágil, fraca...um alguém que não sou...não pelo menos à luz do dia...A imagem de uma pessoa que se mantém na cabeça...um cigarro apagado que ainda deita fumo...mil e uma estrelas que estão por cima da minha cabeça...um papel velho sobre o qual eu repenso...sobre o qual descarrego as minhas agonias...simplesmente porque não há ninguém...porque nestes momentos todos já se foram deitar, ou simplesmente me abandonaram...Lá fora está um calor abafante...que abafa todas as minhas palavras, todos os meus suspiros, que cala um grito que eu precisava de dar...o vento não corre, o silêncio é constante...a lua está bela e torna a noite mais clara...fazendo-me ver o que me rodeia...e é essencialmente aqui que eu desespero...vejo que estou só...que nunca estive acompanhada...nunca tive alguém que caminhasse comigo, dando-me força...apoio, carinho, afecto...agora tenho e é nisto que eu ponho dúvidas...é por isso que tenho medo de uma ilusão...algo que não é meu...que distorce a minha realidade, levando-me para outro mundo...uma outra vida, que pode ser mais dolorosa que a realidade mais real que pudera existir...é disto que eu tenho medo, é sobre isso que penso, quando todos se vão deitar...Tudo isto é no mínimo estranho...parece um sonho fofo...e é por isso que eu tenho medo de acordar deste sonho, num espinho...um espinho que me acertou mesmo em cheio, dentro do peito...e que ninguém o pudera tirar pois ninguém o vê...um espinho que dói mas ninguém sabe. Apenas eu sei que o tenho, apenas eu sei que a dor que poderei sentir é bem real...sim, é real...e não é aqui que eu preciso de um ombro...não apenas aqui...porque agora já será tarde demais...o espinho está espetado...e o que me resta é deixar que o veneno faça efeito...resta-me esperar por uma morte...a morte da minha alma, do meu espírito, essencialmente do meu ser...É desta morte que eu penso...é um medo horrível que nem viver feliz me deixa...este medo assombra-me, anda sempre por cima da minha cabeça...mas eu não consigo viver assim...Mas o que faço? Estou só...e tenho consciência disso...é o facto de ter consciência da minha própria solidão que me torna forte de dia...mas quando a noite vem...me torna fraca...como o algodão. Se separarmos todos os bocadinhos do algodão, que o tornam consistente, ele não serve para nada, e voa à mínima aragem por mais fraca que ela seja...De dia sou consistente...tento ser feliz, tendo consciência do meu próprio fracasso...vivo por entre sorrisos divididos...divididos entre um sorriso sincero e um sorriso falso e fácil...e que me resta?Não posso partilhar nada destes sentimentos quando estou assim...quando a solidão e todos estes sentimentos e emoções más vêm...simplesmente porque já todos se foram deitar e mais uma vez a noite quente, abafa os meus gritos de dor, angustia e confusão...
Tenho um punhal negro, a atravessar o meu morto coração… uma dor arrepiante, reflectindo a minha morte… Choro lágrimas negras, entrelaçadas a sangue, mortas de tanta dor. Vivo na morte mais horrível, sofrida e negra que alguém pode ter. tu só me magoas, tu só me matas! Esta maldita dor que mora no meu morto coração esta a destruir os meus melhores sentimentos. Eu vivo morrendo… a minha vida é a morte! E porque? Porque tu dás-me esperanças do teu amor por mim, mas depois detróis-me ate a morte, dizendo que não me queres… e … eu volto a morrer… por ti!
Nunca me hei-de livrar do teu olhar, do teu amor, da tua amizade… por isso te peço: nunca mais me voltes a matar! Sempre que me matas, eu sinto-me como algo a afundar em sangue, a ser enterrada, sinto os teus pés a esmagarem-me bruscamente, sinto-te a cuspir para cima de mim, mas ao mesmo tempo a dares-me um forte e carinhoso abraço… e continuas a dares-me falsas esperanças.
Durante esse tempo, o punhal que me atravessa o coração, sai, e, eu volto a sorrir… Volto a viver. Mas… mais dia, menos dia, voltas a matar-me. Detróis-me órgão a órgão, membro a membro, fazendo com que eu chore, grite, sangre, morra. Queimas-me e eu volto a arder de ódio por ti!
Mas isto há-de ter um fim…
Hei-de me desfazer em negras cinzas, de morrer definitivamente, e de me enterrar, afundar-me eternamente. Mas… eu voltarei… não em forma corporal, mas sim espiritual, e a teu lado ficarei. Porque na guerra entre o ódio e o amor que sinto por ti, o amor vence e o ódio perde.
Nunca me hei-de livrar do teu olhar, do teu amor, da tua amizade… por isso te peço: nunca mais me voltes a matar! Sempre que me matas, eu sinto-me como algo a afundar em sangue, a ser enterrada, sinto os teus pés a esmagarem-me bruscamente, sinto-te a cuspir para cima de mim, mas ao mesmo tempo a dares-me um forte e carinhoso abraço… e continuas a dares-me falsas esperanças.
Durante esse tempo, o punhal que me atravessa o coração, sai, e, eu volto a sorrir… Volto a viver. Mas… mais dia, menos dia, voltas a matar-me. Detróis-me órgão a órgão, membro a membro, fazendo com que eu chore, grite, sangre, morra. Queimas-me e eu volto a arder de ódio por ti!
Mas isto há-de ter um fim…
Hei-de me desfazer em negras cinzas, de morrer definitivamente, e de me enterrar, afundar-me eternamente. Mas… eu voltarei… não em forma corporal, mas sim espiritual, e a teu lado ficarei. Porque na guerra entre o ódio e o amor que sinto por ti, o amor vence e o ódio perde.
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