sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Tenho um punhal negro, a atravessar o meu morto coração… uma dor arrepiante, reflectindo a minha morte… Choro lágrimas negras, entrelaçadas a sangue, mortas de tanta dor. Vivo na morte mais horrível, sofrida e negra que alguém pode ter. tu só me magoas, tu só me matas! Esta maldita dor que mora no meu morto coração esta a destruir os meus melhores sentimentos. Eu vivo morrendo… a minha vida é a morte! E porque? Porque tu dás-me esperanças do teu amor por mim, mas depois detróis-me ate a morte, dizendo que não me queres… e … eu volto a morrer… por ti!
Nunca me hei-de livrar do teu olhar, do teu amor, da tua amizade… por isso te peço: nunca mais me voltes a matar! Sempre que me matas, eu sinto-me como algo a afundar em sangue, a ser enterrada, sinto os teus pés a esmagarem-me bruscamente, sinto-te a cuspir para cima de mim, mas ao mesmo tempo a dares-me um forte e carinhoso abraço… e continuas a dares-me falsas esperanças.
Durante esse tempo, o punhal que me atravessa o coração, sai, e, eu volto a sorrir… Volto a viver. Mas… mais dia, menos dia, voltas a matar-me. Detróis-me órgão a órgão, membro a membro, fazendo com que eu chore, grite, sangre, morra. Queimas-me e eu volto a arder de ódio por ti!
Mas isto há-de ter um fim…
Hei-de me desfazer em negras cinzas, de morrer definitivamente, e de me enterrar, afundar-me eternamente. Mas… eu voltarei… não em forma corporal, mas sim espiritual, e a teu lado ficarei. Porque na guerra entre o ódio e o amor que sinto por ti, o amor vence e o ódio perde.

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